Eu detesto tralha, nada me irrita mais do que tralha. Aquelas coisas que guardamos porque sabemos que um dia vão ser necessárias e ficam tão bem guardadas que deixamos de as ver porque guardámos mais coisas à frente. E no dia em que precisamos, não as vemos, não nos lembramos que as temos e, zás, acabamos por comprar em duplicado e ficamos com a primeira versão que se transforma em tralha.
Hoje foi dia de me lançar em território alheio, a garagem. A garagem não é o meu território, é território de homem, do meu marido. E ele guarda tudo porque, lá está, um dia vai ser necessário. Este fim de semana pedi-lhe para deitar algumas coisas fora, tipo vasos de plástico. Deitei fora vasos de plástico e outros que ninguém usa nem vai usar, tralha que tínhamos há anos que veio das nossas casas de solteiros, restos de tinta em muitas latas e arrumei uma parte da garagem. Parece outra e aproxima-se mais da garagem dos meus sonhos, como a que está em baixo.
Imagens retiradas de Better Homes and Gardens